alt out, 20 2024

Em um episódio que abalou a comunidade de Correia Pinto, no estado de Santa Catarina, uma bebê de apenas 9 meses chamada Kiara Crislayne de Moura dos Santos surpreendeu a todos ao apresentar sinais vitais durante seu próprio funeral, no dia 19 de outubro de 2024. A história é marcada por um contexto de profunda dor e consternação para a família da criança, que enfrentou a dor de um adeus incompleto seguido por um fio de esperança que, infelizmente, se mostrou ilusório.

Inicialmente, a criança havia sido declarada morta pelo hospital Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, pouco após ser levada por seus pais às pressas na madrugada daquele mesmo dia, por volta das 3 horas da manhã. Os profissionais de plantão efetuaram os procedimentos de praxe e confirmaram a morte da pequena Kiara, levando a família a preparar o funeral como o último adeus à filha. No entanto, durante a cerimônia, algo inesperado aconteceu: um farmacêutico que trabalhava nas proximidades e estava presente percebeu que a criança ainda mostrava sinais de vida.

O farmacêutico, agindo rapidamente, verificou os sinais vitais de Kiara, constatando uma saturação de oxigênio baixa e uma frequência cardíaca reduzida. Além disso, a criança não apresentava rigidez nos membros inferiores, uma característica comum em casos de óbito, mas apresentava edemas ao redor do pescoço e atrás das orelhas. Essa constatação gerou um alvoroço entre os presentes, e o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) foi prontamente acionado para socorrer a bebê.

A equipe de resgate chegou ao local aproximadamente às 18h45 e imediatamente transportou Kiara de volta ao hospital para uma avaliação mais aprofundada. No entanto, a trágica esperança renasceu mais uma vez quando, mesmo após esforços médicos ativos e dedicados, a bebê não resistiu e foi declarada morta definitivamente pela equipe médica. Os relatos do Corpo de Bombeiros indicam que a bebê chegou à unidade hospitalar por volta das 19h, mas, mais uma vez, a confirmação de óbito teve que ser feita.

A Prefeitura de Correia Pinto, em resposta ao ocorrido, emitiu uma nota oficial solidarizando-se com a família enlutada. No comunicado, reforçaram a importância dos profissionais de saúde verificarem minuciosamente a condição dos pacientes antes de atestar óbito. Além disso, o Instituto Geral de Perícias (IGP-SC) foi notificado para iniciar uma análise detalhada do caso. Um relatório conclusivo está previsto para ser divulgado em um prazo de aproximadamente 30 dias, buscando esclarecer os pormenores desta trágica circunstância.

O incidente lança luz sobre as complexas questões que envolvem os diagnósticos de óbito e as condições em que são emitidos. O caso de Kiara serve como um alerta para a necessidade de protocolos rigorosos e avaliações minuciosas antes de decretar a morte de qualquer paciente. A tragédia pessoal da família de Kiara agora ganha contornos de uma discussão mais ampla sobre práticas médicas e o manejo de situações críticas em hospitais.

Para a comunidade de Correia Pinto, o episódio deixou um sentimento de luto imenso, mas também levantou questões sobre os procedimentos seguidos naquele dia fatídico. Amigos, familiares e membros da comunidade se reuniram para prestar apoio e solidariedade aos entes queridos de Kiara, refletindo sobre o impacto emocional que tal evento inevitavelmente trará para a família e os próximos passos necessários para garantir que situações semelhantes não ocorram novamente. Enquanto aguardamos o resultado do relatório pericial, a história de Kiara continua a ressoar, lembrando-nos da delicadeza da vida e da importância de vigilância contínua em nosso sistema de saúde.