Nos últimos meses a varíola dos macacos (monkeypox) voltou a aparecer nas manchetes. Mas, na prática, o que isso significa pra gente? Vamos descomplicar o assunto, explicar como o vírus se transmite, quais são os sinais de alerta e o que dá para fazer para se proteger.
O vírus da varíola dos macacos vem de animais silvestres, principalmente roedores e primatas, e pode pular para humanos em contato direto – seja ao caçar, manejar carne ou até tocar objetos contaminados. Quando já tem transmissão de pessoa para pessoa, o caminho mais comum são as gotículas da pele ou das mucosas, como ao abraçar, beijar ou compartilhar roupas íntimas.
É importante notar que o vírus não se espalha pelo ar como a gripe comum. O que aumenta o risco são situações de contato íntimo e ambientes fechados onde a higiene é precária. Por isso, usar luvas ao lidar com feridas suspeitas ou evitar compartilhar objetos pessoais ajuda bastante.
Os primeiros sinais costumam aparecer de 5 a 21 dias depois da exposição. A febre costuma ser baixa, acompanhada de dor de cabeça, calafrios e cansaço. O ponto de virada são as lesões cutâneas: manchas que evoluem para pústulas avermelhadas, parecidas com as da varíola tradicional, mas que geralmente aparecem primeiro nas mãos, rosto ou região genital.
Se notar essas lesões, procure um médico logo. O diagnóstico rápido permite iniciar tratamento de apoio e, em alguns casos, usar antivirais específicos que podem encurtar o tempo de recuperação.
Grupos mais vulneráveis são quem tem sistema imunológico enfraquecido, como pessoas com HIV não controlado, ou quem tem doenças crônicas. Mas, mesmo saudáveis, o contato próximo pode gerar um surto local.
Agora, vamos às dicas práticas de prevenção:
Em caso de suspeita, não se automedique. O ideal é buscar orientação médica, que pode solicitar exames de PCR para confirmar a presença do vírus. Enquanto isso, fique em isolamento até ter orientação clara sobre quando pode voltar à rotina.
Vale lembrar que, apesar do nome assustador, a taxa de mortalidade da varíola dos macacos é baixa em comparação à varíola humana. A maioria das pessoas se recupera sem complicações graves, principalmente com cuidados adequados.
Então, mantenha a calma, siga as orientações de saúde pública e fique de olho nos sinais do seu corpo. Informação e prevenção são as melhores armas contra esse vírus.
Especialista em saúde pública, Dr. Paulo Eduardo Menezes, alerta para a necessidade de vigilância em relação ao MPox (varíola dos macacos). Ele destaca que a doença é séria, mas não tem as mesmas características de uma pandemia como a COVID-19, afetando principalmente grupos específicos. O especialista enfatiza a importância de medidas preventivas, incluindo vacinação, e critica a resposta lenta de alguns governos.
leia mais