A Selic é a taxa básica de juros do Brasil. Ela é definida pelo Copom, que se reúne a cada 45 dias para decidir se o percentual sobe, desce ou fica igual. Quando a Selic muda, todo o resto da economia sente o impacto: empréstimos, financiamentos, cartão de crédito e até a conta de poupança. Por isso, acompanhar a Selic ajuda a tomar decisões melhores com o seu dinheiro.
Se a Selic sobe, os bancos cobram juros maiores nos empréstimos. Isso quer dizer que o custo de um financiamento de carro ou de um empréstimo pessoal fica mais pesado. Por outro lado, a poupança e os investimentos de renda fixa tendem a render mais, já que o governo paga um retorno maior para quem deixa o dinheiro guardado.
Quando a taxa cai, acontece o contrário: os empréstimos ficam mais baratos, mas os rendimentos da poupança e dos títulos públicos diminuem. A ideia do Banco Central ao mexer na Selic é controlar a inflação. Se os preços estão subindo rápido, ele aumenta a taxa para esfriar a economia. Se a inflação está baixa, ele pode reduzir a Selic para estimular o consumo.
O jeito mais rápido de saber a taxa atual é visitar o site do Banco Central ou seguir as notícias de economia nos principais portais. O Copom costuma anunciar a decisão às 14h (horário de Brasília) na terça‑feira da reunião. As mudanças são publicadas em um comunicado oficial e, logo depois, aparecem nos jornais e nas redes sociais.
Se você tem investimentos, a sua corretora também envia alertas por e‑mail ou mensagem quando a Selic muda. Vale a pena configurar esses avisos, assim você não perde nenhuma oportunidade de ajustar a carteira. Lembre‑se de que a Selic influencia não só os títulos do Tesouro Direto, mas também os fundos de renda fixa, CDBs e até alguns produtos de previdência.
Resumindo, a taxa Selic é o termômetro da economia brasileira. Ela controla o preço do dinheiro e afeta tudo que envolve crédito e investimento. Entender como funciona e ficar de olho nas mudanças pode fazer uma grande diferença no seu planejamento financeiro. Sempre que houver uma nova decisão, pense em como isso pode mudar os custos dos seus empréstimos e o rendimento das suas aplicações. Assim, você toma decisões mais conscientes e protege o seu bolso contra surpresas.
O COPOM decidiu manter a taxa Selic em 13,75% durante sua última reunião, em meio ao aumento da inflação e dos gastos recordes do governo com juros da dívida pública. A despesa atingiu R$83,2 bilhões, o maior valor mensal em dois anos, influenciada pelas altas taxas de juros e pela desvalorização do real frente ao dólar. O comitê monitora de perto as pressões inflacionárias e a política fiscal do governo.
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