História da Televisão: da primeira transmissão ao streaming

Se você ainda tem aquela velha TV no canto da sala, provavelmente não imaginava o caminho que ela percorreu até chegar nos seus smartphones. A história da televisão brasileira começa nos anos 30, quando engenheiros começaram a brincar de transmitir imagens ao ar livre. O primeiro sinal de TV no Brasil foi um teste em 1931, mas só em 1950 a TV Tupi, de Assis Chateaubriand, entrou em operação oficial.

A TV Tupi foi a pioneira a levar novelas, telejornais e programas de auditório para a casa do brasileiro. Naquela época, só havia poucos canais, tudo em preto e branco, e a programação era limitada pelo número de equipamentos que a gente tinha. Mesmo assim, a gente ficava grudado na tela, porque era novidade demais.

Os primeiros passos da TV no Brasil

Nos primeiros anos, a televisão enfrentou vários desafios: sinal fraco, poucas emissoras e alto custo dos aparelhos. Mas a competição entre as redes – como a TV Record (1953) e a TV Globo (1965) – fez a coisa acelerar. A Globo, em particular, investiu pesado em produção, criando formatos que ainda marcam a TV hoje, como a telenovela das oito. A partir da década de 70, a TV começou a se colorir e a qualidade do som melhorou.

Outro marco importante foi a criação da “hora ouro” na década de 80, quando as novelas se tornaram o principal atrativo da noite. Programas de auditório com apresentadores carismáticos também ganharam força. Foi nesse período que a TV passou a influenciar moda, linguagem e até a política do país.

Da TV analógica ao streaming

Chegou a vez da TV digital, um salto que trouxe mais canais, qualidade de imagem em HD e interatividade. A migração completa aconteceu em 2018, quando o sinal analógico foi desligado em todo o território nacional. Agora, a maioria dos lares tem acesso a serviços de vídeo sob demanda – como Netflix, Amazon Prime e Globoplay – que entregam conteúdo direto ao celular ou à smart TV.

O que mudou com o streaming? Primeiro, a liberdade de escolher o que assistir e quando. Segundo, a quebra das “horas ouro”. As produtoras já não dependem só da programação ao vivo; elas criam séries e documentários que ficam disponíveis 24/7. Ainda assim, a TV tradicional não morreu – ainda tem uma parcela de público que curte o ao vivo, especialmente eventos esportivos e noticiários.

Se você quer entender como chegou até aqui, basta lembrar que a televisão sempre se adaptou ao que o público pede. Da transmissão experimental em São Paulo até os algoritmos que sugerem o próximo filme, a história da televisão é, na verdade, a história da nossa forma de consumir informação e entretenimento.

Então, da próxima vez que apertar o play, pense nas décadas de experimentos, investimentos e inovações que tornaram esse momento possível. E fique de olho: a próxima grande mudança pode estar chegando, talvez em realidade aumentada ou em novas formas de interatividade que ainda nem imaginamos.