Nos últimos meses, quase tudo parece estar mais caro: combustível, alimentos, até a conta de luz. Esse fenômeno não é aleatório; ele tem origem em uma combinação de fatores como alta da inflação, desvalorização da moeda e choques na cadeia de suprimentos. Quando o preço sobe, a gente sente na conta do supermercado e no cartão de crédito, e a pergunta que não quer calar é: o que fazer?
Primeiro, a inflação. Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros para conter a alta de preços, o crédito fica mais caro e as empresas acabam repassando os custos para o consumidor. Depois, tem a questão da moeda: o real tem se desvalorizado frente ao dólar, então produtos importados ficam mais caros. Por fim, eventos externos – como problemas climáticos que afetam a produção agrícola ou crises internacionais que interrompem o transporte – elevam o preço de alimentos e combustíveis.
Não dá para mudar a economia, mas dá para mudar a forma como você gasta. Aqui vão cinco ações simples que ajudam a conter o efeito do aumento de preços:
1. Faça um planejamento semanal de compras. Anote o que realmente precisa e evite compras por impulso. Quando você sabe exatamente o que vai levar para casa, evita gastar a mais em itens que nem usaria.
2. Priorize marcas próprias. Supermercados costumam oferecer linhas genéricas com qualidade semelhante e preço muito menor que as marcas famosas.
3. Adote a prática do "cooking batch". Cozinhe grandes quantidades de comida de uma vez e congele porções. Isso diminui o gasto com energia e evita o desperdício de alimentos.
4. Fique de olho nas promoções de energia. Muitas concessionárias oferecem tarifas mais baixas em horários específicos. Ajustar o uso de ar‑condicionado e a lavagem de roupa para esses períodos pode reduzir sua conta.
5. Negocie contratos e serviços. Telefones, internet e seguros muitas vezes têm planos mais baratos que você nem conhece. Ligue, pergunte e peça um desconto; as empresas costumam ter opções de fidelidade ou promoções relâmpago.
Outra estratégia útil é analisar seu extrato bancário ao final do mês e identificar gastos que podem ser cortados. Pequenas economias, somadas, trazem um alívio significativo quando os preços continuam subindo.
Lembre‑se: o aumento de preços é um ciclo que pode durar meses, mas com planejamento e escolhas inteligentes, você mantém o controle das finanças e evita surpresas desagradáveis. Fique atento às notícias econômicas, ajuste sua rotina de consumo e, acima de tudo, não deixe o medo de preços altos impedir de aproveitar a vida de forma consciente.
A inflação brasileira, medida pelo IPCA, acelerou para 0,44% em setembro de 2024, após queda de 0,02% em agosto. A taxa está levemente abaixo da projeção mediana de 0,45%, mas ainda assim excede o alvo central de 3% definido pelo CMN para o ano. Elementos como o aumento das tarifas de eletricidade e mudanças nos preços de alimentos e transporte contribuíram significativamente para essa variação.
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