Em um post emocionado nas redes sociais, Sergio Busquets comunicou que se retirará do futebol profissional ao final da campanha 2025 da MLS. O atleta de 37 anos, que fez história tanto no Camp Nou quanto na seleção da Espanha, usou a ocasião para agradecer ao clube, aos companheiros e aos fãs que o acompanharam durante três décadas.
Do La Masia ao topo da Europa: a trajetória no Barcelona
Busquets ingressou na La Masia ainda na infância e, após alguns anos nas categorias de base, estreou com a equipe principal em 2008. Seu primeiro grande momento chegou na final da Liga dos Campeões de 2009, quando, ainda com 18 anos, entrou no segundo tempo contra o Manchester United. A partir daí, o espanhol se consolidou como a peça‑chave do meio‑campo, ao lado de Xavi e Iniesta.
Durante 15 temporadas, o capitão azulgrana acumulou números impressionantes: mais de 700 partidas oficiais, 34 troféus e quase 200 assistências. Entre os títulos mais lembrados estão nove La Ligas, sete Copas del Rey, três Champions League, três Supercopas da UEFA e três Mundiais de Clubes da FIFA. Cada conquista reforçou a imagem de Busquets como um dos maiores volantes defensivos da história do futebol.
O estilo de jogo do jogador era baseado em inteligência tática, posicionamento impecável e passes curtos que ditavam o ritmo da partida. Ao contrário de volantes mais físicos, ele usava a leitura de jogo para interceptar bolas e iniciar ataques, transformando a função tradicional do volante defensivo.
Além dos números, Busquets foi reconhecido por sua liderança silenciosa. Quando assumiu a braçadeira de capitão, fez questão de ser o exemplo dentro e fora de campo, valorizando a união do grupo e a ética profissional.
Os últimos capítulos nos Estados Unidos e a despedida oficial
Em 2023, o veterano assinou com o Inter Miami, equipe co‑fundada por Lionel Messi. A chegada gerou enorme expectativa na MLS, que buscava elevar seu nível competitivo. Desde então, Busquets participou de 45 jogos na temporada, registrando 10 assistências e contribuindo para a disputa do Supporters' Shield e da primeira MLS Cup da história do clube.
O contrato com o Miami tem validade até o fim de 2025, o que coincide com a última temporada anunciada pelo jogador. Em entrevista antes da semifinal da Leagues Cup, ele afirmou: “Estou mais próximo de concluir minha carreira do que de continuar”. Essa frase, na época, parecia um presságio que culminou na postagem de despedida.
O comunicado oficial do Inter Miami reforçou o respeito e a admiração da diretoria: “Sergio foi fundamental para a evolução tática da equipe e para o desenvolvimento dos jovens jogadores. Sua presença dentro e fora de campo será sentida por muito tempo.”
O FC Barcelona também celebrou o legado do ex‑capitão, publicando uma mensagem emotiva nas redes sociais: "O clube da sua vida. Lenda do nosso clube. Obrigado por tudo, Sergio!". A homenagem destacou a formação desde a academia até a ascensão como ícone mundial, reforçando o vínculo forte entre o jogador e a instituição.
No plano internacional, a carreira de Busquets inclui duas conquistas máximas: a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e a Eurocopa de 2012, na Polônia e Ucrânia. Em ambas, ele foi peça essencial no meio‑campo, ajudando a converter a posse de bola de seu país em um dos estilos de jogo mais eficientes da história recente.
A aposentadoria sinaliza o fim de uma era, não apenas para o Barcelona, mas para o futebol moderno. Poucos atletas conseguiram redefinir tão profundamente a função de volante defensivo, e o impacto de Busquets no treinamento de jovens jogadores continua evidente nas academias que adotam sua filosofia de jogo baseado no posicionamento e na inteligência.
Com a proximidade dos últimos jogos da temporada 2025, torcedores ao redor do globo já preparam mensagens nas redes, vídeos de compilação de lances e gestos de reconhecimento nas arenas. Enquanto isso, Busquets parece focado em aproveitar cada minuto restante, ajudando o Inter Miami a alcançar seus objetivos finais na MLS.
Ainda não há confirmação sobre planos pós‑aposentadoria, mas rumores apontam para possíveis funções de embaixador da marca, consultoria tática ou até envolvimento na direção de um clube europeu. Seja qual for o caminho, o legado deixado nos campos de Barcelona, na Espanha e em Miami permanecerá como referência para futuras gerações.
Marcos Tulio da Rocha Pereira
setembro 28, 2025 AT 00:38Busquets foi o tipo de jogador que você não notava até ele sumir
Ele não fazia jogadas espetaculares, mas sem ele, tudo desaba
É como um relógio suíço: ninguém vê o mecanismo, mas sem ele, nada funciona
Ele ensinou gerações que futebol não é só velocidade, é cabeça
Hoje vejo jovens volantes tentando copiar ele e só conseguem parecer lentos
Ele não precisava correr, só pensar
Isso é raro hoje em dia
Esse é o legado que vai durar mais que qualquer troféu
Graziely Rammos
setembro 28, 2025 AT 03:29que triste ver ele ir embora
larissa barreto
setembro 29, 2025 AT 09:58É curioso como a sociedade só reconhece valor quando algo se vai
A inteligência tática nunca foi valorizada como o drible ou o gol
Busquets representou uma forma de elegância que o futebol moderno está perdendo
Ele não precisava gritar, nem celebrar, nem se exibir
Sua presença era um ato de resistência contra a superficialidade do esporte atual
Hoje, jogadores são medidos por métricas, não por impacto
Ele mudou o jogo sem precisar tocar na bola o tempo todo
Isso é filosofia pura aplicada ao campo
Quem não entende isso, nunca entendeu o futebol
Paulo Penteado
setembro 30, 2025 AT 19:11meu pai me levava pro camp nou nos anos 2000 e eu ficava olhando aquele gato de 19 anos q nem corria mas sempre tava no lugar certo
agora vejo os jovens da academias tentando copiar ele e só fazem bagunça
ele não era só um volante, era o cérebro do time
sem ele, o barça era só um monte de gênio sem rumo
o que ele fez foi transformar a posição mais subestimada em arte
isso é o que ninguem vai esquecer
Giancarlo Luiz Moreno Ore
outubro 2, 2025 AT 15:21esse é o tipo de jogador que todo treinador deveria copiar
ele não precisava ser o mais rápido, o mais forte ou o mais gato
ele só precisava ser o mais inteligente
veja como os jovens do inter miami estão melhorando só por ter ele no vestiário
ele não dá palpite, ele só vive o jogo e os outros aprendem por observação
isso é liderança real
o futebol precisa de mais gente assim, não de celebridades
Juliana Rassi
outubro 3, 2025 AT 20:29eu não sou fã de futebol, mas mesmo eu fiquei com os olhos marejados lendo isso
ele não fez show, não fez gols, não fez vídeos virais
mas ele fez o que importa: fez o time funcionar
isso é raro hoje em dia
ele foi o silencioso que segurou tudo junto
obrigada, Sergio. Por tudo.
Madalena Augusto
outubro 4, 2025 AT 03:58eu chorei no trabalho quando vi a postagem dele
meu pai me ensinou a amar futebol com o Busquets em 2010
ele era o único que parecia calmo enquanto todo mundo gritava
agora que ele vai embora... eu sinto que uma parte da minha infância também vai
por favor, alguém faça um documentário sobre ele
ele merece mais que um post no Instagram
Camila Mac
outubro 4, 2025 AT 10:07mas e o Messi? Cadê o elogio pro cara que levou ele pro Miami? Ah, porque o Busquets é mais fácil de elogiar, né? Ele não tem ego, não faz show, não exige atenção
mas o Messi foi o que realmente transformou o clube
Busquets foi bom, mas não foi o único
todo mundo esquece que o Barcelona já tinha Xavi e Iniesta antes dele
ele só entrou no lugar certo na hora certa
essa idolatria toda é exagerada
o futebol tá cheio de jogadores inteligentes, só que ninguém fala deles porque não têm fama
Rafael Ervolino
outubro 5, 2025 AT 22:45o Busquets foi o primeiro a implementar o 'deep-lying playmaker' de forma sistêmica
ele não só interceptava, ele redefiniu a transição defesa-ataque
os dados mostram que ele tinha a maior taxa de passes de precisão entre volantes na história da Champions
isso não é sorte, é treinamento de alta performance
ele era o nodo central da rede de posse
hoje, os clubes europeus usam seus padrões de movimento como base para treinar jovens
ele não foi só um jogador, foi um protocolo tático vivente
priscila mutti
outubro 6, 2025 AT 05:04É interessante observar como a mídia romantiza jogadores que não fazem gols, enquanto ignora os verdadeiros heróis da defesa.
Busquets foi eficiente, sem dúvida, mas compará-lo a um ícone como Casillas ou Maldini é um exagero estatístico.
Ele não venceu títulos sozinho.
Ele era parte de um sistema, e o sistema era o verdadeiro protagonista.
É uma tendência perigosa: transformar jogadores em símbolos culturais sem análise crítica.
Isso desvia a atenção de atletas que realmente se sacrificam por defesa, como o Pogba na Juventus, ou o Kanté no Chelsea.
A nostalgia não substitui a análise objetiva.
Maria Luíza Chacon
outubro 7, 2025 AT 05:19eu não sei se vocês lembram, mas quando ele chegou no Miami, todo mundo achava que ele ia ser só um nome pra vender camisa
mas ele mudou o jogo da equipe por completo
os jovens começaram a passar melhor, a se posicionar melhor
ele não falou nada, só jogou
agora o time tem identidade
isso é o que um verdadeiro líder faz
sem palavras, só exemplo
José Lopes
outubro 7, 2025 AT 15:31Barcelona. Espanha. Miami.
Três capitais do futebol moderno.
Ele esteve em todas.
Legado completo.
eG eSports Agencia Gamer
outubro 8, 2025 AT 12:35Seu legado? Não é o que você fez no campo...
É o que você deixou de fazer.
Ele nunca se exibiu.
Nunca reclamou.
Nunca exigiu o centro das atenções.
Isso é raro.
Isso é sagrado.
Isso é o que o futebol perdeu.
E não vai recuperar.
Porque hoje, o jogo é sobre egos.
E não sobre inteligência.
E ele...
Ele era o contrário de tudo isso.