alt set, 26 2025

Em um post emocionado nas redes sociais, Sergio Busquets comunicou que se retirará do futebol profissional ao final da campanha 2025 da MLS. O atleta de 37 anos, que fez história tanto no Camp Nou quanto na seleção da Espanha, usou a ocasião para agradecer ao clube, aos companheiros e aos fãs que o acompanharam durante três décadas.

Do La Masia ao topo da Europa: a trajetória no Barcelona

Busquets ingressou na La Masia ainda na infância e, após alguns anos nas categorias de base, estreou com a equipe principal em 2008. Seu primeiro grande momento chegou na final da Liga dos Campeões de 2009, quando, ainda com 18 anos, entrou no segundo tempo contra o Manchester United. A partir daí, o espanhol se consolidou como a peça‑chave do meio‑campo, ao lado de Xavi e Iniesta.

Durante 15 temporadas, o capitão azulgrana acumulou números impressionantes: mais de 700 partidas oficiais, 34 troféus e quase 200 assistências. Entre os títulos mais lembrados estão nove La Ligas, sete Copas del Rey, três Champions League, três Supercopas da UEFA e três Mundiais de Clubes da FIFA. Cada conquista reforçou a imagem de Busquets como um dos maiores volantes defensivos da história do futebol.

O estilo de jogo do jogador era baseado em inteligência tática, posicionamento impecável e passes curtos que ditavam o ritmo da partida. Ao contrário de volantes mais físicos, ele usava a leitura de jogo para interceptar bolas e iniciar ataques, transformando a função tradicional do volante defensivo.

Além dos números, Busquets foi reconhecido por sua liderança silenciosa. Quando assumiu a braçadeira de capitão, fez questão de ser o exemplo dentro e fora de campo, valorizando a união do grupo e a ética profissional.

Os últimos capítulos nos Estados Unidos e a despedida oficial

Os últimos capítulos nos Estados Unidos e a despedida oficial

Em 2023, o veterano assinou com o Inter Miami, equipe co‑fundada por Lionel Messi. A chegada gerou enorme expectativa na MLS, que buscava elevar seu nível competitivo. Desde então, Busquets participou de 45 jogos na temporada, registrando 10 assistências e contribuindo para a disputa do Supporters' Shield e da primeira MLS Cup da história do clube.

O contrato com o Miami tem validade até o fim de 2025, o que coincide com a última temporada anunciada pelo jogador. Em entrevista antes da semifinal da Leagues Cup, ele afirmou: “Estou mais próximo de concluir minha carreira do que de continuar”. Essa frase, na época, parecia um presságio que culminou na postagem de despedida.

O comunicado oficial do Inter Miami reforçou o respeito e a admiração da diretoria: “Sergio foi fundamental para a evolução tática da equipe e para o desenvolvimento dos jovens jogadores. Sua presença dentro e fora de campo será sentida por muito tempo.”

O FC Barcelona também celebrou o legado do ex‑capitão, publicando uma mensagem emotiva nas redes sociais: "O clube da sua vida. Lenda do nosso clube. Obrigado por tudo, Sergio!". A homenagem destacou a formação desde a academia até a ascensão como ícone mundial, reforçando o vínculo forte entre o jogador e a instituição.

No plano internacional, a carreira de Busquets inclui duas conquistas máximas: a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e a Eurocopa de 2012, na Polônia e Ucrânia. Em ambas, ele foi peça essencial no meio‑campo, ajudando a converter a posse de bola de seu país em um dos estilos de jogo mais eficientes da história recente.

A aposentadoria sinaliza o fim de uma era, não apenas para o Barcelona, mas para o futebol moderno. Poucos atletas conseguiram redefinir tão profundamente a função de volante defensivo, e o impacto de Busquets no treinamento de jovens jogadores continua evidente nas academias que adotam sua filosofia de jogo baseado no posicionamento e na inteligência.

Com a proximidade dos últimos jogos da temporada 2025, torcedores ao redor do globo já preparam mensagens nas redes, vídeos de compilação de lances e gestos de reconhecimento nas arenas. Enquanto isso, Busquets parece focado em aproveitar cada minuto restante, ajudando o Inter Miami a alcançar seus objetivos finais na MLS.

Ainda não há confirmação sobre planos pós‑aposentadoria, mas rumores apontam para possíveis funções de embaixador da marca, consultoria tática ou até envolvimento na direção de um clube europeu. Seja qual for o caminho, o legado deixado nos campos de Barcelona, na Espanha e em Miami permanecerá como referência para futuras gerações.

13 Comentários

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    Marcos Tulio da Rocha Pereira

    setembro 28, 2025 AT 00:38

    Busquets foi o tipo de jogador que você não notava até ele sumir
    Ele não fazia jogadas espetaculares, mas sem ele, tudo desaba
    É como um relógio suíço: ninguém vê o mecanismo, mas sem ele, nada funciona
    Ele ensinou gerações que futebol não é só velocidade, é cabeça
    Hoje vejo jovens volantes tentando copiar ele e só conseguem parecer lentos
    Ele não precisava correr, só pensar
    Isso é raro hoje em dia
    Esse é o legado que vai durar mais que qualquer troféu

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    Graziely Rammos

    setembro 28, 2025 AT 03:29

    que triste ver ele ir embora

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    larissa barreto

    setembro 29, 2025 AT 09:58

    É curioso como a sociedade só reconhece valor quando algo se vai
    A inteligência tática nunca foi valorizada como o drible ou o gol
    Busquets representou uma forma de elegância que o futebol moderno está perdendo
    Ele não precisava gritar, nem celebrar, nem se exibir
    Sua presença era um ato de resistência contra a superficialidade do esporte atual
    Hoje, jogadores são medidos por métricas, não por impacto
    Ele mudou o jogo sem precisar tocar na bola o tempo todo
    Isso é filosofia pura aplicada ao campo
    Quem não entende isso, nunca entendeu o futebol

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    Paulo Penteado

    setembro 30, 2025 AT 19:11

    meu pai me levava pro camp nou nos anos 2000 e eu ficava olhando aquele gato de 19 anos q nem corria mas sempre tava no lugar certo
    agora vejo os jovens da academias tentando copiar ele e só fazem bagunça
    ele não era só um volante, era o cérebro do time
    sem ele, o barça era só um monte de gênio sem rumo
    o que ele fez foi transformar a posição mais subestimada em arte
    isso é o que ninguem vai esquecer

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    Giancarlo Luiz Moreno Ore

    outubro 2, 2025 AT 15:21

    esse é o tipo de jogador que todo treinador deveria copiar
    ele não precisava ser o mais rápido, o mais forte ou o mais gato
    ele só precisava ser o mais inteligente
    veja como os jovens do inter miami estão melhorando só por ter ele no vestiário
    ele não dá palpite, ele só vive o jogo e os outros aprendem por observação
    isso é liderança real
    o futebol precisa de mais gente assim, não de celebridades

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    Juliana Rassi

    outubro 3, 2025 AT 20:29

    eu não sou fã de futebol, mas mesmo eu fiquei com os olhos marejados lendo isso
    ele não fez show, não fez gols, não fez vídeos virais
    mas ele fez o que importa: fez o time funcionar
    isso é raro hoje em dia
    ele foi o silencioso que segurou tudo junto
    obrigada, Sergio. Por tudo.

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    Madalena Augusto

    outubro 4, 2025 AT 03:58

    eu chorei no trabalho quando vi a postagem dele
    meu pai me ensinou a amar futebol com o Busquets em 2010
    ele era o único que parecia calmo enquanto todo mundo gritava
    agora que ele vai embora... eu sinto que uma parte da minha infância também vai
    por favor, alguém faça um documentário sobre ele
    ele merece mais que um post no Instagram

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    Camila Mac

    outubro 4, 2025 AT 10:07

    mas e o Messi? Cadê o elogio pro cara que levou ele pro Miami? Ah, porque o Busquets é mais fácil de elogiar, né? Ele não tem ego, não faz show, não exige atenção
    mas o Messi foi o que realmente transformou o clube
    Busquets foi bom, mas não foi o único
    todo mundo esquece que o Barcelona já tinha Xavi e Iniesta antes dele
    ele só entrou no lugar certo na hora certa
    essa idolatria toda é exagerada
    o futebol tá cheio de jogadores inteligentes, só que ninguém fala deles porque não têm fama

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    Rafael Ervolino

    outubro 5, 2025 AT 22:45

    o Busquets foi o primeiro a implementar o 'deep-lying playmaker' de forma sistêmica
    ele não só interceptava, ele redefiniu a transição defesa-ataque
    os dados mostram que ele tinha a maior taxa de passes de precisão entre volantes na história da Champions
    isso não é sorte, é treinamento de alta performance
    ele era o nodo central da rede de posse
    hoje, os clubes europeus usam seus padrões de movimento como base para treinar jovens
    ele não foi só um jogador, foi um protocolo tático vivente

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    priscila mutti

    outubro 6, 2025 AT 05:04

    É interessante observar como a mídia romantiza jogadores que não fazem gols, enquanto ignora os verdadeiros heróis da defesa.
    Busquets foi eficiente, sem dúvida, mas compará-lo a um ícone como Casillas ou Maldini é um exagero estatístico.
    Ele não venceu títulos sozinho.
    Ele era parte de um sistema, e o sistema era o verdadeiro protagonista.
    É uma tendência perigosa: transformar jogadores em símbolos culturais sem análise crítica.
    Isso desvia a atenção de atletas que realmente se sacrificam por defesa, como o Pogba na Juventus, ou o Kanté no Chelsea.
    A nostalgia não substitui a análise objetiva.

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    Maria Luíza Chacon

    outubro 7, 2025 AT 05:19

    eu não sei se vocês lembram, mas quando ele chegou no Miami, todo mundo achava que ele ia ser só um nome pra vender camisa
    mas ele mudou o jogo da equipe por completo
    os jovens começaram a passar melhor, a se posicionar melhor
    ele não falou nada, só jogou
    agora o time tem identidade
    isso é o que um verdadeiro líder faz
    sem palavras, só exemplo

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    José Lopes

    outubro 7, 2025 AT 15:31

    Barcelona. Espanha. Miami.
    Três capitais do futebol moderno.
    Ele esteve em todas.
    Legado completo.

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    eG eSports Agencia Gamer

    outubro 8, 2025 AT 12:35

    Seu legado? Não é o que você fez no campo...
    É o que você deixou de fazer.
    Ele nunca se exibiu.
    Nunca reclamou.
    Nunca exigiu o centro das atenções.
    Isso é raro.
    Isso é sagrado.
    Isso é o que o futebol perdeu.
    E não vai recuperar.
    Porque hoje, o jogo é sobre egos.
    E não sobre inteligência.
    E ele...
    Ele era o contrário de tudo isso.

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