Milan vence Torino por 3 a 2 em virada e retoma liderança da Serie A

No dia 8 de dezembro de 2025, às 16h45, no Estádio Olímpico de Turim, o AC Milan realizou uma das viradas mais emocionantes da temporada ao derrotar o Torino FC por 3 a 2, recuperando a liderança isolada da Serie A 2025/26Turim. O time de Milão estava perdendo por 0 a 2 aos 17 minutos, com gols de Nikola Vlasic e Duván Zapata, mas transformou o desespero em celebração com dois gols de Christian Pulisic, que entrou no segundo tempo e mudou o rumo da partida. A vitória, construída com garra e precisão, colocou o Milan com 31 pontos — mesmo número do Napoli, mas com melhor saldo de gols (+11 contra +10). A torcida, estimada em 25 mil pessoas, explodiu em gritos quando Pulisic finalizou com categoria aos 77 minutos. Era o tipo de jogo que define campeonatos.

Do desespero à redenção: a virada dos Rossoneri

Quem entrou no estádio pensando em uma vitória fácil do Torino saiu em choque. O time da casa, comandado pelo técnico Marco Baroni, jogou com intensidade desde o início. Vlasic converteu pênalti aos 10 minutos após mão de Fikayo Tomori. Sete minutos depois, Zapata aproveitou confusão defensiva e ampliou. O Milan parecia desorientado. O lateral português Rafael Leão, principal ameaça ofensiva, foi obrigado a sair aos 28 minutos com dor na virilha — um golpe duro para o técnico Massimiliano Allegri, que, por suspensão disciplinar, assistia ao jogo das arquibancadas. Sem ele na beira do campo, o auxiliar Giovanni Costantino teve de tomar decisões críticas. O primeiro sinal de mudança veio aos 24 minutos, quando Adrien Rabiot descontou com um chute de fora da área, quase milagroso, que explodiu no canto superior do goleiro Franco Israel. Mas ainda faltava algo mais.

Pulisic, o herói de emergência

Quando Christian Pulisic entrou aos 66 minutos, substituindo Younès Boudebouz, o jogo mudou. Não foi só por causa dos gols — embora eles tenham sido decisivos. Foi pela inteligência, pela velocidade e pela calma que ele trouxe ao ataque milanista. Aos 67 minutos, recebeu cruzamento de Samuel Ricci, cortou o zagueiro e finalizou com precisão. O empate veio. Mas o que aconteceu aos 77 minutos foi puro instinto de campeão. Ricci, que havia entrado no lugar de Leão, fez uma jogada individual pela esquerda, derrubou dois marcadores e lançou para Pulisic, que entrou na área como um raio e bateu com o interior do pé, sem chances para Israel. Dois gols. Dois minutos de pura magia. O jornal português A Bola resumiu: "A circulação de bola rossonera desmontou o bloco da equipa da casa e abriu espaço para Pulisic aparecer no coração da área para bisar". Era o tipo de atuação que transforma jogadores em ídolos.

Um time sem Allegri, mas com alma

Massimiliano Allegri, que já comandou o Milan entre 2010 e 2014 e retornou em 2024, foi punido por uma reclamação excessiva contra o árbitro na rodada anterior. Não pôde orientar seus jogadores do banco, mas sua influência era visível. O time jogou com organização tática, mesmo sem o líder. A defesa, com Tomori e Malick Thiaw, resistiu aos contra-ataques do Torino, que teve apenas 38% de posse de bola. O meio-campo, com Rabiot e Ismaël Bennacer, controlou o ritmo no segundo tempo. Aos 85 minutos, o Torino tentou pressionar, mas o Milan recuou com disciplina, fechando o jogo como quem sabe que cada ponto é ouro na disputa pelo título. A ausência de Leão foi sentida, mas a entrada de Ricci — jovem promessa de 25 anos — provou que o elenco tem profundidade. O técnico Baroni, depois do jogo, admitiu: "Tivemos a vantagem, mas não soubemos administrar. O Milan mostrou por que é um dos grandes".

Na tabela: Milan lidera, Napoli respira e Inter se aproxima

Com a vitória, o AC Milan assumiu a liderança isolada da Serie A com 31 pontos, 9 vitórias, 4 empates e 1 derrota. O SSC Napoli, que perdeu por 1 a 0 para a Fiorentina na mesma rodada, permanece com 31 pontos, mas com saldo de +10 gols — um detalhe que pode fazer toda a diferença no final da temporada. O Inter de Milão, terceiro colocado, tem 30 pontos e saldo de +19, mas com quatro derrotas — um risco real para quem sonha com o título. Já o Torino, com 14 pontos e saldo negativo de 12, segue na 16ª posição, perto da zona de rebaixamento. A diferença entre os dois primeiros é mínima, mas o fator psicológico está virando a favor do Milan. Eles venceram em casa e fora, contra adversários diretos, e agora têm a confiança de quem sabe que pode sofrer, mas sempre reage.

O que vem a seguir?

O próximo desafio do Milan é em casa, no San Siro, contra a AS Roma, em 15 de dezembro de 2025. A partida promete ser um clássico da temporada: Roma vem em alta, com 27 pontos e um ataque explosivo liderado por Paulo Dybala. O Milan, por outro lado, precisa manter a consistência. Se vencer, se afasta do Napoli de vez. Se empatar ou perder, a pressão volta. Enquanto isso, o Torino enfrenta o Bologna na próxima rodada — um jogo vital para fugir da zona de risco. A temporada está no meio, mas o calendário já começa a apertar. E o Milan, contra todas as probabilidades, está na frente.

Quem foi o verdadeiro herói?

Não foi só Pulisic. Foi Rabiot, que descontou quando tudo parecia perdido. Foi Ricci, que entrou como substituto e deu o passe decisivo. Foi o goleiro Mike Maignan, que fez duas defesas incríveis no segundo tempo. Foi o elenco inteiro, que não desistiu mesmo sem o técnico no banco. Mas foi Pulisic quem carregou o time nas costas. E isso, mais do que qualquer estatística, é o que define um campeão.