Quando Flamengo garantiu a vaga nas semifinais da CONMEBOL Libertadores 2025 ao vencer nos pênaltis o Estudiantes de La Plata, a partida virou assunto de bar e de mesa de diretoria ao mesmo tempo.
O duelo aconteceu em 25 de setembro de 2025, no Estadio Único, em La Plata, Argentina, e terminou 1 a 0 para o time argentino depois do tempo regular. Com o placar agregado de 2 a 2, a decisão foi para a série de pênaltis, onde o rubro‑negro saiu 4 a 2.
Contexto dos jogos: da partida de ida à tensão dos pênaltis
Na primeira data, em 18 de setembro de 2025, o duelo inaugural foi no Maracanã, no Rio de Janeiro, com presença histórica de público – ainda que o número exato não tenha sido divulgado, o estádio estava lotado. O Jorge Jesus, técnico do Flamengo, armou um ataque relâmpago: Pedro abriu o placar aos 14 segundos, seguido por Varela aos 9 minutos. O gol de Estudiantes veio de Carrillo, aos 46 minutos do segundo tempo, selando um 2 a 1 que parecia dar vantagem ao clube carioca.
Mas a Libertadores costuma ser imprevisível. O gol de Benedetti na volta, aos 45+2, revirou o placar e enviou os dois times para a prorrogação. O que se seguiu foi mais um teste de nervos que de futebol.
Detalhes da partida de volta e da disputa de pênaltis
Logo no início do segundo tempo, Estudiantes forçou o marcador. Gastón Benedetti encontrou a rede aos 45+2, anulando a vantagem conquistada em Rio. O Flamengo, porém, manteve a posse e buscou o empate, mas o placar ficou 1 a 0 ao fim dos 90 minutos.
Aos 97 minutos, o árbitro marcou a sequência de pênaltis. Primeiro, Jorginho converteu com tranquilidade. O argentino José Sosa respondeu, empilhando a ansiedade. Luiz Araújo não desperdiçou, mas o chute de Benedetti foi defendido pelo goleiro do Flamengo, Agustín Rossi. O ritmo prosseguiu: Jorge Carrascal acertou, Léo Pereira encerrou a série com o pênalti decisivo, após a segunda defesa de Rossi sobre Santiago Ascacibar. O placar final dos tiros foi 4 a 2.
Além da emoção, a partida trouxe um cenário tático interessante. Varela, retornado de lesão que venceu enquanto vestia a seleção uruguaia, trouxe energia ao meio‑campo ao lado de Ayrton Lucas e Arrascaeta. No eixo defensivo, Léo Pereira mostrou firmeza, enquanto Rossi, apesar de ser argentino, virou o herói do Flamengo ao parar os dois chutes decisivos.
Reações e análises: o que dizem especialistas e torcedores
Nas redes, o torcedor rubro‑negro não poupou elogios a Rossi, chamando‑o de "Muralha da Praça da Apoteose". Já no estúdio da Jovem Pan Esportes, o comentarista Bruno Prado destacou a "resiliência de Jorge Jesus" ao ajustar a formação após a saída de Varela na primeira metade da partida de volta.
Para os analistas da ESPN Brasil, o resultado mostra que o Flamengo ainda tem vulnerabilidades nos momentos de pressão. O técnico argentino que comandou o Estudiantes, ainda não nomeado publicamente, elogiou o preparo físico da equipe, mas ressaltou que a "defesa em bloqueio" no segundo tempo poderia ter sido mais agressiva.
Alguns especialistas apontam que a vitória nos pênaltis traz um risco psicológico: a confiança em jogos de decisão pode aumentar, mas a dependência de lances de sorte pode ser perigosa contra clubes como Racing Club ou Vélez Sarsfield, que aguardam na semifinal.

Próximos desafios: o caminho até a final
Com a classificação, o Flamengo agora aguarda o sorteio que definirá seu adversário nas semifinais. As duas opções são o Racing Club da Argentina e o Club Atlético Vélez Sarsfield. Ambas as equipes chegam em boa forma, mas o Racing chegou ao torneio com "uma segunda ausência" de jogadores chave, segundo a cobertura da ESPN.
O primeiro duelo da semifinal será novamente no Maracanã, em data ainda a definir. Se o Flamengo quiser repetir o início explosivo de 14 segundos, precisará contar com a entrega de Pedro, que ainda não marcou nos pênaltis, e a criatividade de Arrascaeta.
Um ponto de atenção é a carga física acumulada: a partida de ida, seguida de pênaltis intensos, pode gerar fadiga nos laterais, sobretudo em Varela e em Luiz Araújo, que já jogaram quase todos os minutos do torneio.
Curiosidades e números que marcaram o duelo
- Pedro marcou o gol mais rápido da história da Libertadores para o Flamengo: 14 segundos.
- Agustín Rossi fez duas defesas cruciais, ambas nos últimos momentos da disputa de pênaltis.
- O Flamengo converteu 100% dos seus cobradores (4 de 4).
- Estudiantes só converteu 1 de 5 (20%).
- O público no Estadio Único ultrapassou 45 mil torcedores, segundo estimativas da imprensa local.
Perguntas Frequentes
Como a vitória nos pênaltis afeta a confiança do Flamengo?
A conquista nos pênaltis reforça a crença de que a equipe pode superar adversidades. Entretanto, ela também cria uma dependência psicológica de situações de morte súbita, que pode ser explorada por rivais mais experientes nas próximas fases.
Quem foi o responsável pelas defesas decisivas?
O goleiro Agustín Rossi salvou os chutes de Gastón Benedetti e Santiago Ascacibar, garantindo a vitória do Flamengo nos pênaltis.
Quais são as possibilidades de adversário na semifinal?
O Flamengo pode enfrentar o Racing Club ou o Club Atlético Vélez Sarsfield. O Racing chegou com duas ausências de jogadores importantes, enquanto o Vélez tem mantido seu esquema defensivo em alta performance.
Como a ausência de Varela na primeira metade impactou o jogo?
Varela saiu machucado logo após o intervalo na partida de volta, reduzindo a criatividade no meio‑campo do Flamengo. Apesar disso, sua presença nos 9 primeiros minutos da partida de ida foi decisiva para abrir o placar.
Qual a importância do gol de 14 segundos para o Flamengo?
O gol de Pedro aos 14 segundos estabeleceu o recorde de partida mais rápida na história recente da Libertadores para o clube, dando ao time um ímpeto psicológico que serviu de base para a estratégia ofensiva de Jorge Jesus.
Camila Gomes
outubro 16, 2025 AT 22:15Os pênaltis mostraram que a defesa do Flamengo tá mais afiada do que a maioria pensa, principalmente com o Rossi segurando dois chutes decisivos. Isso dá uma moral enorme pro time na próxima fase, porque pressão é tudo. Ainda tem que cuidar do cansaço nos laterais, Varela e Araújo já tão sentindo o peso.