Boca Juniors faz mudança drástica: Fernando Gago fora após tropeço contra River
O clima esquentou em Buenos Aires. Depois de perder para o River Plate por 2 a 1 no Superclássico, o Boca Juniors anunciou nesta segunda a saída do técnico Fernando Gago. O anúncio oficial pegou a torcida de surpresa, já que o Boca continua na liderança do Campeonato Argentino com 32 pontos e um desempenho sólido — foram 17 vitórias, 6 empates e 7 derrotas em 30 partidas, atingindo 63,3% de aproveitamento. Mesmo assim, não adiantou: a pressão por melhores resultados em competições continentais pesou mais.
A demissão foi confirmada por Mauricio Serna, figura importante do conselho de futebol do clube. Segundo ele, apesar da dedicação e profissionalismo de Gago, a diretoria optou por mudanças imediatas após a eliminação vexatória para o Alianza Lima ainda nas fases iniciais da Copa Libertadores. A queda precoce no torneio aumentou a insatisfação interna — e, convenhamos, a cobrança da torcida xeneize é sempre uma das mais intensas do continente.
Gago chegou ao comando do Boca em outubro do ano passado cercado de expectativa, substituindo Jorge Almirón e recebendo apoio, inclusive, do presidente Juan Román Riquelme. Porém, os rumores sobre a estabilidade do comandante já circulavam desde fevereiro, especialmente depois de algumas atuações inconsistentes e resultados que não empolgaram na primeira metade da temporada.

Gustavo Quinteros lidera a corrida para assumir o Boca Juniors
A pergunta que não quer calar: quem será o próximo técnico do Boca? As atenções já se voltam para Gustavo Quinteros. O ex-treinador do Grêmio tem perfil que agrada à diretoria: conquistou taxa de sucesso superior à de Gago — foram 68,51% de aproveitamento enquanto esteve no comando do time gaúcho, além de passagens por outras equipes de peso na América do Sul.
Quinteros está livre no mercado desde que deixou o Grêmio e já iniciou as conversas com o Boca, segundo fontes próximas à diretoria. O plano seria entregar a ele a missão de reorganizar o elenco, recuperar a confiança do grupo e, principalmente, traçar uma estratégia para recolocar o Boca em destaque no cenário internacional, especialmente após o fiasco na Libertadores.
Entre os torcedores, a demissão de Gago divide opiniões. Muitos reconhecem o bom desempenho na liga nacional, mas a eliminação continental pesou demais. Outros já enxergam em Quinteros um técnico mais experiente para lidar com a pressão única do time de La Bombonera.
No vestiário, o clima ainda é de incerteza. Nomes como Sebastián Battaglia e Ricardo Gareca também foram citados como possíveis opções, mas a diretoria parece decidida a apostar na trajetória de Quinteros. O desafio do próximo comandante é restaurar a aura vencedora do Boca Juniors, sobretudo nas competições internacionais — onde a torcida não aceita nada menos que o topo.
Nos próximos dias, a expectativa é de anúncios oficiais e movimentações intensas no mercado sul-americano de técnicos. Para o Boca, 2025 começou com o pé no acelerador — e com a exigência máxima que sempre marcou sua história.