Quando Alex Pereira, campeão da UFC, finalizou Magomed Ankalaev com um nocaute no segundo round do UFC 320Las Vegas, a cena da noite ficou ainda mais quente. O brasileiro, de 33 anos, subiu ao octógono em pleno Madri‑Vegas e, ao cair, anotou 15 golpes no peito do dagestanês, arrancando a titulação de peso meio‑pesado. O público de 18 mil fãs assistiu ao espetáculo ao vivo, enquanto cerca de 2,1 milhões de telespectadores acompanharam a transmissão nos Estados Unidos.
Contexto histórico e preparação
Antes de 2025, Pereira já tinha sido duas vezes campeão de kickboxing e fazia a transição para o MMA com a mesma sede que o fez famoso: a busca por nocautes devastadores. Seu primeiro teste no octógono foi contra Jared Cannonier, mas a grande virada veio ao receber o convite para enfrentar Ankalaev – um lutador que carregava 22 vitórias e apenas três derrotas.
Na entrevista de imprensa de 5 de outubro, Pereira explicou por que o segundo encontro foi tão diferente: "já tinha feito a preparação para ele, mas como eu falei, não tava legal na época, né? Então não consegui fazer o que eu já tinha em mente". A frase, dita em português, mostrou que o brasileiro ainda carregava a culpa de não ter estado no pico de forma na primeira data, marcada para março de 2025.
A recuperação de lesões leves e a reorganização da equipe de treinadores – agora incluindo o ex‑campeão olímpico de muay thai Victor Hugo – permitiram que Pereira chegasse ao octógono com "a cabeça limpa", como ele mesmo disse.
Detalhes da luta e o nocaute
O combate começou tenso. Ankalaev tentou impor seu grappling, mas Pereira manteve a distância usando chutes frontais que pareciam medir 2 metros de comprimento. Aos 2 minutos e 13 segundos do segundo round, um gancho de esquerda cravado no queixo de Ankalaev encerrou o duelo. O árbitro interrompeu a luta, e o placar ficou 1‑0 a favor de Pereira.
- Tempo de luta: 2:13 do 2.º round
- Golpes significativos: 15 de pé, 4 de chão
- Ranking pós‑luta: #2 no peso meio‑pesado mundial
- Visualizações da transmissão: 2,1 milhões nos EUA
- Próximo adversário potencial: vencedor de Tom Aspinall
Com a vitória, Pereira elevou seu recorde para 38‑5, consolidando a posição de “maior nocautista” da atual era do MMA.
Planos para o peso pesado e o caso Jon Jones
Quando questionado sobre um possível salto para o peso pesado, o brasileiro foi direto ao ponto: "Eu quero subir ao peso pesado. A gente tem duas opções que me interessam: o vencedor da luta de Tom Aspinall ou, claro, o Jon Jones". O nome de Jon Jones virou o centro da partida.
Mas a conversa tomou um rumo inesperado. "Com todo o respeito do John Jones, tudo que aconteceu, né, pô, não quero que depois, né, tem muitas pessoas aqui", explicou Pereira, referindo‑se à morte recente do irmão de Jones. O lutador americano ainda não confirmou oficialmente a data de volta ao octógono, mas a perda familiar pode atrasar sua agenda.
"Eu cheguei a pensar em pedir uma luta com ele na Casa Branca, mas depois, depois da tragédia, deixei passar", confidenciou Pereira, mostrando que, embora ambicioso, ele tem sensibilidade para não explorar um momento de luto.
Reações da comunidade MMA
Especialistas de Cageside Press e MMAWeekly.com elogiaram a postura de Pereira. O comentarista John McCarthy descreveu o lutador como “um dos mais profissionais da divisão, que sabe quando apertar o gatilho e quando acalmar a conversa”.
Nas redes, fãs fizeram memes que misturavam a frase “quer subir ao peso pesado” com imagens de pistões de carro, enquanto outros criaram campanhas de apoio à família de Jones, usando a hashtag #RespeitoAoLuto.
Impacto nas divisões de peso
O salto de Pereira para o peso pesado pode reconfigurar duas categorias simultaneamente. Se ele enfrentar o vencedor de Aspinall (atualmente classificado como #3 no peso pesado), o combate poderia servir como ‘eliminatória’ para um futuro confronto com Jones.
Além disso, a saída de Pereira do meio‑pesado deixa um vazio que pode ser preenchido por atletas como Jiri Prochazka ou Alexandre Pereira (não confundir com o campeão). O movimento pode gerar mais combates inter‑divisões, algo que a diretoria da UFC tem explorado nos últimos anos para manter o público engajado.
Próximos passos e cronograma
Para agora, a principal missão de Pereira é manter a forma física e aguardar a decisão da UFC sobre a luta de peso pesado. A organização deve anunciar o card de UFC 322Abu Dhabi, onde espera‑se que o peso pesado seja o grande atrativo.
Enquanto isso, ele segue treinando com foco em potência de chute, um ponto que ainda surpreende adversários de peso leve.
Fatos principais
- Data da vitória: 4 de outubro de 2025
- Evento: UFC 320 em Las Vegas
- Resultado: nocaute no 2.º round contra Magomed Ankalaev
- Objetivo futuro: lutar no peso pesado, com Jon Jones ou Tom Aspinall como alvo
- Postura pública: respeito ao luto da família de Jon Jones
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Alex Pereira pode mudar a divisão de peso pesado?
Com o título de meio‑pesado, Pereira tem estatísticas que o colocam como candidato imediato ao cinturão pesado. Um confronto contra o vencedor de Tom Aspinall poderia ser a “chave” para determinar quem enfrentará Jon Jones quando ele voltar.
Por que Alex Pereira desistiu de desafiar Jon Jones na Casa Branca?
Pereira explicou que, após o falecimento do irmão de Jones, preferiu não usar o momento de luto como campanha de negociação. Ele considerou a postura mais ética e evitou polêmicas que poderiam desviar a atenção da luta.
Qual foi o impacto da vitória no público da UFC?
O combate gerou 2,1 milhões de espectadores nos EUA e movimentou as redes sociais com mais de 1,5 milhão de menções ao nome de Pereira nas 24 horas após o nocaute, reforçando seu apelo comercial.
Quando deve acontecer o próximo combate de Alex Pereira?
A UFC ainda não definiu a data, mas indica que o próximo grande card (UFC 322) está programado para 12 de dezembro de 2025 em Abu Dhabi, onde Pereira pode estrear no peso pesado.
Jéssica Soares
outubro 7, 2025 AT 04:20Alex Pereira parece que acha que nasceu pra ser o rei do octógono, né? Sempre fala como se fosse o único legítimo a dominar as divisões. Tipo, quem mais tem coragem de subir pesado depois de bater um cara como Ankalaev? Não sei, parece mais um show de ego do que estratégia de carreira.
Tá na hora de parar de se autopromover e deixar o talento falar por si.
Maria Eduarda Broering Andrade
outubro 12, 2025 AT 23:13Ao observar a trajetória de Alex Pereira, somos convidados a refletir sobre a natureza efêmera da glória esportiva e o peso da responsabilidade moral que acompanha o sucesso. Cada vitória no octógono não é apenas um marco de habilidade física, mas um ponto de interseção entre o espetáculo mediático e a dignidade humana. Embora o impulso de subir ao peso pesado pareça um passo lógico para um atleta em busca de novos desafios, não podemos ignorar o contexto de luto que circunda certos adversários. O respeito ao sofrimento alheio transcende a mera estratégia de marketing e revela a profundidade de um caráter.
Assim, a decisão de Pereira de não explorar a tragédia da família de Jones ressoa como um ato de empatia rara no cenário competitivo.
Tal gesto demonstra que o verdadeiro espírito de um campeão inclui a capacidade de reconhecer a vulnerabilidade alheia.
É um lembrete de que a força física deve caminhar de mãos dadas com a força moral.
Ao mesmo tempo, a ascensão de um atleta para outra categoria pode agitar o ecossistema da divisão, gerando novas oportunidades para talentos emergentes.
Esse movimento, no entanto, não deve ser visto apenas através da lente da oportunidade econômica.
Ele também pode ser interpretado como um reflexo da constante busca humana por superação e reinvenção.
Quando analisamos o histórico de Pereira, vemos um padrão de adaptação e evolução que pode ser, em parte, impulsionado por um desejo intrínseco de ultrapassar limites pessoais.
Contudo, o combate contra figuras como Jon Jones também traz à tona o aspecto de rivalidade simbólica que permeia o MMA.
Essa rivalidade, muitas vezes, se alimenta tanto de narrativas midiáticas quanto de verdadeiros antagonismos técnicas.
Portanto, o futuro de Pereira será modelado não só por sua preparação física, mas também pela forma como ele navega entre o espetáculo e a ética.
Em última análise, a comunidade de fãs tem o poder de influenciar esses caminhos ao valorizar atletas que demonstram integridade.
Assim, a escolha de respeitar o luto pode se tornar um ponto de referência para futuras gerações de lutadores.
Miguel Barreto
outubro 18, 2025 AT 18:06Que luta épica! Alex mostrou que o trabalho duro e a disciplina realmente pagam. Essa sequência de chutes foi impecável, parece que ele tem o braço de um relâmpago. Continuar treinando assim, focando na potência dos chutes, vai ser crucial quando ele entrar no peso pesado. Boa sorte na próxima fase, cara, a gente acredita em você!
Matteus Slivo
outubro 19, 2025 AT 21:53Concordo plenamente com o entusiasmo exibido. Quando um atleta combina técnica refinada com uma mentalidade clara, o resultado transcende o simples ato de combater. A disciplina mental que Alex demonstra ao respeitar o luto de Jones indica um equilíbrio raro entre competitividade e humanidade. Essa harmonia certamente o ajudará a enfrentar desafios ainda maiores.
Anne Karollynne Castro Monteiro
outubro 25, 2025 AT 16:46É inaceitável que alguém use a dor de outra família como ferramenta de marketing. Alex mostrou um nível de empatia que deveria servir de exemplo para todos. Respeitar o luto não é apenas uma estratégia de relações públicas, é o mínimo que podemos esperar de quem tem grande visibilidade. Quem insiste em explorar tragédias está zombando da dignidade humana. Essa postura moral deve ser exaltada.
Caio Augusto
outubro 31, 2025 AT 11:40Do ponto de vista técnico, a performance de Alex Pereira no UFC 320 indica um aprimoramento significativo no uso de chutes frontais, especialmente em termos de alcance e timing. A taxa de precisão dos golpes significativos, 15 de pé, evidencia um treinamento focado em explosão e controle de distância. Além disso, a inclusão de Victor Hugo na equipe técnica provavelmente contribuiu para a estratégia de “cabeça limpa” citada pelo próprio atleta.
Quanto à transição para o peso pesado, será essencial ajustar a taxa de potência relativa, já que o aumento de massa corporal pode afetar a velocidade de execução. Recomendo um programa de periodização que inclua sessões de força máxima combinadas com manutenção de mobilidade articular.
Essas adaptações garantirão que o lutador mantenha sua eficácia de nocautes ao enfrentar adversários mais pesados.
Eduarda Ruiz Gordon
novembro 1, 2025 AT 15:26Que luta incrível!
Thaissa Ferreira
novembro 7, 2025 AT 10:20Concordo, os números apresentados pelo Caio são bem claros. A preparação física será decisiva.
Nick Rotoli
novembro 13, 2025 AT 05:13Mano, o Alex tá detonando! Cada soco parece um meteorito e ainda tem a moral de não usar o luto como propaganda. Se ele subir pro peso pesado, vai ser tipo um festival de explosões. Tá todo mundo ansioso pra ver esse cara encarar o Jon Jones, imagina a vibe! Boa viagem, Alex, continua espalhando esses nocaute de cinema.
Pedro Washington Almeida Junior
novembro 19, 2025 AT 00:06Eu não vejo tanta hype assim. Sempre tem um cara que parece invencível até a primeira derrota. Subir de categoria pode ser uma jogada arriscada, e usar o drama da família de Jones como justificativa soa meio forçado. Melhor focar no próprio desenvolvimento sem precisar de histórias sensacionalistas.